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terça-feira, 12 de outubro de 2021

MODELO DE GESTÃO DE ADULTOS

 

Modelo de Gestão de Adultos

Sandro Garabed Ischkanian

Gabriel Nascimento de Carvalho

As ferramentas necessárias para o processo de captação de novos voluntários aliada a um plano de captação de adultos para a UEL têm por enfoco assegurar a idoneidade de suas lideranças além do bom cumprimento dos cargos e funções existentes, delineando coesamente o processo de gestão por competências como ferramenta adequada para a promoção de um sistema de qualidade, eficaz e flexível. Com essa visão busca-se estimular metodologias que possibilitem captar, formar e acompanhar adequadamente o adulto voluntário da instituição. Compreendendo que o objetivo desta Política é:

1. Manter atualizados os processos de Gestão de Adultos dos Escoteiros do Brasil;

2. Integrar e equalizar os processos de Gestão de adultos em todas as Regiões Escoteiras.

3. Propor metodologias eficazes para um sistema de formação nas duas linhas: Escotista e Dirigente.

4. Direcionar a Gestão dos processos de captação, formação e acompanhamento de adultos voluntários e profissionais dos Escoteiros do Brasil.

 

São adotados como princípios de sua política de Adultos no Movimento Escoteiro os seguintes pontos:

· Enfoque por competência, como pilar do desenvolvimento das oportunidades de aprendizado, baseando-se nos perfis estabelecidos para cada cargo existente, busca desenvolver todos os aspectos de um adulto e suas necessidades de conhecimentos, habilidades, atitudes requeridos para adequada certificação, conduzindo-o ao bom desempenho de suas funções.

· Coerência, vinculando e desenvolvendo suas ações em conformidade com os Fundamentos, Projeto Educativo e as políticas dos distintos níveis da Organização Mundial do Movimento Escoteiro.

· Organização que aprende, promovendo e reconhecendo a possibilidade de aquisição e do desenvolvimento de competências dos adultos em seu cotidiano e seu contexto de atuação, fortalecendo desta maneira a capacidade de aprendizado individual, coletivo e organizacional.

· Descentralização, aproximando dos adultos as oportunidades de aprendizado, reconhecendo seus contextos sociais e culturais.

· Acessibilidade e flexibilidade, facilitando o acesso ao sistema de formação mediante a oferta de múltiplas oportunidades de aprendizado, incluindo aquelas que possam ser providas por ofertas externas ao Movimento Escoteiro.

· Horizontalidade, permitindo que os atores envolvidos nos processos formativos interajam, respeitando-se mutuamente, em um processo educativo de contínuo enriquecimento e retroalimentação.

· Transparência, favorecendo o acesso às informações e a confiança dos adultos em todos os processos e decisões relacionadas ao processo de gestão de adultos.

· Personalização, reconhecendo e homologando as competências do indivíduo, suas características individuais e o contexto no qual está inserido, para que possa estruturar seu Plano Pessoal de Formação com a orientação de um Assessor Pessoal de Formação.

· Aprendizagem significativa, vinculando permanentemente os conhecimentos, habilidades e atitudes com as situações e problemas do cotidiano das tarefas do adulto, considerando a realidade local.

· Participação, promovendo a tomada de decisão conjunta entre os adultos e aqueles que orientam e acompanham seus processos de gestão.

· Equidade de gênero, reconhecendo e valorizando qualidades, capacidades, diferenças e similaridades entre homens e mulheres, com igualdade de oportunidades em todos os processos.

· Qualidade, favorecendo uma melhora contínua dos adultos e da instituição, assegurando processos de gestão atualizados e sistematizados.

· Inserção juvenil, reconhecendo e valorizando qualidades, capacidades e complementaridade entre as gerações, com igualdade de oportunidades em todos os processos, para garantir a renovação natural e adequada na instituição.

· Emprego da tecnologia, oferecendo oportunidades para as boas práticas de gestão no Movimento Escoteiro, desenvolvimento de estratégias de recrutamento on-line, capacitações, uso de sistemas eletrônicos para a administração de adultos, acesso a ferramentas de aprendizagem, desenvolvimento pessoal, a administração e gestão de equipes.

 

Ferramenta de captação de novos voluntários para a UEL

Plano de captação de adultos para a UEL

CAPTAR:

Em escolas, na UEL, nas redes sociais, nas plataformas, na associação do bairro, nas igrejas, na comunidade social da UEL.  Revelando de maneira operacional a respeito da captação, abaixo encontra-se um plano geral e algumas dicas para que isso ocorra de fato:

·  Formalização do papel dos voluntários – Definir funções e, se a organização possuir funcionários remunerados, fazer uma diferenciação clara.

·  Definição do perfil do voluntário – Definir o perfil dos voluntários que a organização pretende captar, esse perfil deve ser formulado de acordo com as necessidades da instituição

·  Criação de uma estratégia de ação – Elaborar o que será feito para que haja a captação, dentre algumas opções encontram-se reuniões, entrevistas e processos seletivos mais complexos.

·  Elaboração de um Plano Comunicação, para produzir uma estratégia para que os objetivos do voluntariado fiquem claros para os candidatos. Uma boa comunicação garante o interesse de pessoas que realmente querem se engajar na causa da organização

 

FORMAR:

O ciclo de vida de um adulto que ocupa uma função no Movimento Escoteiro é um processo que ocorre a cada cargo desempenhado, composto por três fases: Captação, Desempenho e Decisões para o Futuro. Cada uma destas fases envolve processos específicos e complementares. Recomenda-se que não sejam acumulados diversos ciclos de vida ao mesmo tempo por um voluntário. O ciclo de vida deve ter um tempo estipulado para o desempenho do cargo/função e a partir dos processos de acompanhamento deve-se encaminhar a renovação/decisões para o futuro.

 

ACOMPANHAR:

 

Delinear um mapeamento de possibilidades de captação de novos voluntários.

 

Pais e responsáveis dos jovens inscritos na UEL são perfeitos para compor o quadro de educadores voluntários. Obs. No momento do cadastro dos membros juvenis, tome nota das informações necessárias para o rápido contato com os futuros voluntários em potencial.

 

Profissionais que trabalham com juventude: Profissionais da área da educação/esportes/artes e demais atividades relacionadas à educação estão em contato com jovens em diversas oportunidades durante a semana, eles podem tornar-se ótimos escotistas/dirigentes e não terão dificuldades para ambientarem-se no Movimento Escoteiro.

 

Amigos e colegas de trabalho: Conte para seus amigos e colegas de trabalho sobre suas aventuras como escotista/dirigente. Convide-os para viver novas aventuras no escotismo.

 

Jovens de dentro da UEL: Por que não observar a sua própria comunidade escoteira e captar novos escotistas e dirigentes, alguns jovens ao final de sua vida escoteira buscam novos projetos e metas. Outros mantêm o interesse em participar do Movimento Escoteiro. Convidá-los para fazer parte do quadro de voluntários da Unidade Escoteira Local pode ser uma boa estratégia de captação.

 

Estudantes Universitários: Estudantes Universitários da área da educação ou que desejam realizar atividades junto ao público jovem podem participar de programas especiais dentro da Unidade Escoteira Local para agregarem novas experiências aos seus currículos.

 

Equipe de recrutamento para UEL: Forme uma equipe para Reuna uma equipe de voluntários para formar a sua equipe de captação. Definam um perfil desejado para a Unidade Escoteira Local e as estratégias de aproximação a possíveis novos voluntários. A equipe: É muito importante que os chefes de seção sejam envolvidos na composição desta equipe de recrutamento, pois eles vão indicar as suas necessidades e colaborar para que sejam estabelecidas estratégias de captação. Além dos chefes de seção, voluntários que ocupam funções como dirigente, podem colaborar dando suporte à equipe de captação de novos adultos. O que esperar dessa equipe? Os membros da equipe de captação devem ser ativos na Unidade Escoteira Local e devem ter atitudes positivas para transformar possíveis voluntários em voluntários efetivos! Pensando de maneira positiva e atuando desta forma será mais difícil resistir a um convite. É muito importante que a aproximação com as pessoas identificadas como voluntários em potencial seja dinâmica, atraente e ao mesmo tempo séria e segura. Tenha certeza que em sua equipe de captação existam pessoas que consigam criar esse clima envolvente. Pessoas que possuam boa capacidade de comunicação são bem vindas para este time! Habilidades de gerenciamento: Planejamento e boas noções de administração colaboram com o trabalho de uma equipe de captação, quando e onde é apropriado realizar a prospecção e aproximação com possíveis voluntários? A equipe de captação deve possuir membros com habilidades para o estabelecimento destas estratégias. Respostas claras e objetivas: Os membros desta equipe devem estar preparados para responder qualquer questão que o voluntário-potencial possa ter sobre a função que irá desempenhar.

Tabela 1Ferramenta de captação de novos voluntários para a UEL

Fonte: Sandro Ischkanian (2021)

 

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