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quarta-feira, 13 de outubro de 2021

MARCO SIMBÓLICO NA VIDA ESCOTEIRA: brincar, jogar formas delineadoras para aprender.

 

MARCO SIMBÓLICO NA VIDA ESCOTEIRA: brincar, jogar formas delineadoras para aprender.

 

Gabriel Nascimento de Carvalho – 2º AM

Grupo Escoteiro João Oscalino

Os Ramos do escotismo são formas de reunir os membros conforme sua faixa-etária e fase de desenvolvimento. O Programa Educativo adapta o Método Escoteiro às características evolutivas, às necessidades e ênfase de cada Ramo, se expressando por meio de um Marco Simbólico específico.

 

O que chamamos de marco simbólico e ́ o conjunto de símbolos que animam o processo educativo dentro do Movimento Escoteiro. Por meio dele incentivamos os jovens a transporem o cotidiano de suas vidas, estimulando sua criatividade e autonomia, superando seus limites e aproximando-os das realidades que os cercam.

 

O Ramo Lobinho atua com crianças na faixa etária entre 6,5 e 10 anos, concentrando sua ênfase educativa no processo de socialização da criança. O marco simbólico desse Ramo está associado à obra “O Livro da Jângal”, de Rudyard Kipling, especialmente às aventuras de Mowgli, o Menino Lobo. O lema dos lobinhos é “Melhor Possível”.

 

O Ramo Escoteiro atua com adolescentes de ambos os sexos com idades entre 11 e 14 anos, o Ramo Escoteiro tem foco na criação e ampliação da autonomia. Fundamentado na vida em equipe e no encontro com a natureza, o Ramo tem como marco simbólico a expressão “explorar novos territórios com um grupo de amigos”. O lema dos escoteiros é “Sempre Alerta”.

 

O Ramo Sênior é concebido para atender às necessidades de desenvolvimento dos jovens de 15 a 17 anos, o Ramo Sênior tem ênfase no processo de autoconhecimento, aceitação e aprimoramento das características pessoais. A expressão “Superar seus próprios desafios” é o marco simbólico deste Ramo. O lema dos seniores é “Sempre Alerta”.

 

Ramo Pioneiro é concebido por jovens-adultos entre 18 e 21 anos, de ambos os sexos, fazem parte do Ramo Pioneiro, que trabalha o processo de integração do jovem com a sociedade, privilegiando a expressão da cidadania, auxiliando-o a colocar em prática a Lei e Promessa Escoteira em um mundo mais amplo. O marco simbólico deste Ramo é representado pela expressão “tenho um projeto para minha vida”. O lema dos pioneiros é “Servir”.

 

 

 

 

 

 

 

 

Ramo Lobinho

Marco Simbólico

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ramo Lobinho

Marco Simbólico

Chamamos fundo de cena à atmosfera criada na Alcatéia e está ligada a um marco simbólico. A socialização motivadora está nas diversas

atividades, colocando de forma lúdica para as crianças a compreensão de comportamentos e modelos de sociedade, demonstrando o que é certo e errado, através de imagens e símbolos e não de ideias e conceitos. No ramo lobinho o marco simbólico utilizado é a história do menino criado por uma família de lobos na floresta, extraída do livro de Rudyard Kipling intitulado “O livro da selva”, serve de pano de fundo para encantar, motivar e educar os lobinhos. A história e os seus personagens oferecem um ensinamento ou propõe determinados valores.

 

Povo Livre - Lobinhos e lobinhas vivem como Mowgli do Povo Livre e aprendem a ser livres por meio da solidariedade e do respeito à lei.  Aprendem também a distinguir as atitudes negativas de alguns personagens, das atitudes próprias de amigos verdadeiros como Baloo, Bagheera, Lobo Gris, e muitos outros. Para que as crianças sintam que fazem parte das aventuras de Mowgli, precisam ser conduzidas pelos escotistas pelos caminhos da Jângal. A lembrança dos episódios ocorridos na Jângal e utilizados em nossas atividades com os lobinhos, através de relatos, nas dramatizações, nos cantos e danças, nos jogos e brincadeiras, que as crianças vivenciam de maneira divertida como atores e não como espectadores, cativam suas mentes e estimulam sua imaginação.

Marco Simbólico:

 

Os lobinhos e lobinhas convivem constantemente com uma série de nomes e símbolos originários da historia do Povo Livre: Alcatéia, Matilha, lobinhos e lobinhas, Gruta, Grande Uivo, Flor Vermelha, Livro de Caça, Roca do Conselho.

 

Na tradição do movimento escoteiro ainda podemos citar o vestuário escoteiro, o uniforme e distintivos, bandeira, saudação, aperto de mão, hinos, integração, promessa e passagem que também se remetem ao fundo de cena do ramo.

 

A evocação constante dos episódios vividos na jângal exige que você velho lobo se familiarize com esses personagens. E isso só se consegue lendo várias vezes O LIVRO DA JÂNGAL, de maneira a poder identificar aqueles detalhes que devem ser destacados, e aplicados como valores positivos ou modelos de conduta que serão propostos às crianças. Desta forma estes episódios serão vividos de maneira divertida e cativante pelos lobinhos, só assim eles sentirão que conhecem e convivem com os personagens da história do Povo Livre.

 

Atividades:

Oficina do Bem - Imagine desenvolver e fortalecer o propósito, trabalho em equipe, planejamento e da qualidade de entrega e ainda participar de um projeto social! 

Pitágoras Switch - Já imaginou construir uma máquina de reação em cadeia com materiais diversos, muita criatividade e trabalho em equipe? Este é o Pitágoras Switch!

Enduro a Pé - Quão bem sincronizado está o ritmo da sua equipe? O Enduro a Pé traz uma divertida modalidade esportiva onde ser o mais rápido não te faz ser o primeiro colocado.

Novo Mundo - Jogo inspirado na coragem  dos grandes navegadores Históricos, onde o relacionamento entre as Colônias e os Grandes Impérios visavam a descoberta de novos territórios e riquezas.

 

 

 

 

 

 

 

 

Ramo Escoteiro

Marco Simbólico

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ramo Lobinho

Marco Simbólico

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ramo Lobinho

Marco Simbólico

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ramo Lobinho

Marco Simbólico

 

 

 

Marco Simbólico no Ramo Escoteiro - escotista deve sempre ter em mente as ênfases a serem trabalhadas em seu ramo, representadas pelo Marco Simbólico do mesmo, e no caso do Ramo Escoteiro são representados pelas características abaixo:

- O gosto por explorar - conhecer coisas novas;

- O interesse em conquistar um espaço próprio; e

- A satisfação de pertencer a um grupo de amigos.

Mas muitas vezes surge aquela dúvida de como aplicar, em forma de atividades em sede, este marco aos jovens e em que momento isso deve ser trabalhado. Então a dica de que a aplicação deve ser realizada em todos os momentos do jovem dentro do ramo, em todas as etapas de sua

progressão das formas mais variadas por meio de três procedimentos básicos:

1. Mantendo vivo o espírito de aventura;

2. Evocando o herói e transferindo o símbolo;

3. Contando histórias!

 

Mantenha vivo o espírito de aventura no Ramo Escoteiro:

 

A idéia simbólica de “explorar novos territórios com um grupo de amigos” deve estar sempre latente na vida de grupo. Para conquistar isso, os escotistas devem repassar continuamente entre si os conceitos de marco simbólico e confrontá-los com a forma como o aplicam na realidade cotidiana da tropa. Como? Durante a montagem do ciclo de programa, estimule os jovens a pensar em coisas novas, em abordagens diferentes.

 

Convide-os a experimentarem:

Tente enxergar as histórias que poderão ser contadas. Quem pode ser um exemplo de determinação se uma patrulha quer fazer uma balsa e atravessar um lago?

O êxito sem igual que o Movimento Escoteiro tem obtido entre os jovens (tanto hoje como em sua origem) ocorre porque os convida a realizar atividades que correspondam estreitamente com três dinamismos essenciais: exploração, território e turma.

 

Evocar o herói e transferir o símbolo

A evocação de diferentes passagens da vida e das aventuras de exploradores e pesquisadores, homens e mulheres, podem estar presentes na tropa e nas patrulhas por meio de diferentes atividades:

- Animadas histórias em noites de acampamento;

- Leituras sugeridas aos jovens individualmente;

- Apresentação de exposições;

- Atividades de investigação por patrulha;

- Montagem de documentários em vídeo;

- Reflexões com um tema central em que tudo o que ocorre está relacionado com um relato ou personagem, inclusive o lugar escolhido, a alimentação, as roupas e ambientação;

- Dramatizações no fogo de conselho;

- Montagem de pequenos experimentos, maquetes ou objetos úteis que foram usados em descobrimentos científicos celebres;

- Visita a lugares históricos e museus;

- Feiras de “inventores” que estimulem a criatividade dos jovens;

- Entrevistas com quem possa proporcionar informações sobre feitos e personagens;

- Conversas na tropa com especialistas convidados;

- Fóruns e discussões a partir de determinados documentários ou textos;

- Os símbolos, tais como nome da tropa, bandeira, gritos, etc; A lista de idéias é interminável e as atividades que se planejam variarão segundo os

ambientes, as iniciativas dos jovens e os recursos disponíveis. O importante é que a evocação coloque os jovens em contato com um herói de verdade, que se trate de exploradores e investigadores a serviço da humanidade e não guerreiros ou colonizadores a serviço de causas obscuras, duvidosas, com desejo de poder, ideologias ou outros interesses semelhantes.

 

Faça que a evocação seja atraente e que os jovens, juntamente com a recepção de informações, possam “fazer coisas” que os ajudem a internalizar os conhecimentos adquiridos.

 

Para que esta prática funcione, os escotistas precisam gerenciar informações suficientes que lhes permitam fornecer ideias, sugerir exemplos e ser autênticos animadores da atividade. No “Manual do Escotista” há numerosos testemunhos de exploradores e pesquisadores, e muitos outros exemplos podem ser encontrados nos guia que incentivam diferentes estágios da progressão dos jovens. No entanto, nunca será demais que os escotistas busquem outras fontes.

 

A evocação constante é seguida, naturalmente, pela transferência simbólica, isto é, um processo de internalização do valor que se desprende da conduta do herói e uma reflexão sobre o impacto que este valor tem na vida pessoal e no comportamento. Os escotistas devem favorecer que esse processo ocorra nos jovens com o mínimo possível de interferências. A aproximação ao testemunho do herói deve operar como uma experiência, que depende de cada pessoa. Ao adulto corresponde o papel de somente captar aquilo que está sendo ignorado e apresentá-lo novamente ao jovem, como um mediador.

 

Contar é entrar na magia!

O marco simbólico projeta nos chefes escoteiros a virtude de “saber contar”, o que nem sempre se valoriza. Se um educador possui esta virtude, pouco se reconhece e, se lhe falta, não se pede que a obtenha.

 

Narrar os testemunhos dos exploradores não consiste, então, em relacionar feitos nem em aborrecer com datas, lugares e nomes. O “saber contar” a que nos referimos é a capacidade de recriar um ambiente onde os personagens caminham, gesticulam, tem expressões faciais, gritam e gemem diante dos olhos dos jovens.

 

Para narrar bem não se requer ser artista, nem poeta, nem “contista, nem humorista”. A força da narração está em viver o que se diz, de maneira que a história brote do interior, “saia de dentro”. Para se conseguir isso, quem narra deve ser rico em intimidade, em pensamentos e em experiências, ou seja, ter algo para dizer aos outros. Isso se obtém observando, escutando, lendo, experimentando, vivendo com intensidade. O bom contador de histórias sabe descobrir em uma paisagem os diferentes tons de verde, porque vê além da simples aparência das coisas. Também deve envolver em encanto e fluidez suas palavras, porque os jovens são muito sensíveis ao que emociona. E para auxiliar apresentamos uma atividade que pode ser aplicada e adaptada conforme a necessidade da sessão para fortalecer o marco simbólico do ramo.

 

Considerações Finais

Ainda vocês poderão ampliar as etapas criando novos desafios e aventuras baseadas nos livros até acampamento inteiros podem ser criados com esse fundo de cena, ainda é possível colocar como tarefa previa a leitura de um dos livros para que eles possam identificar as cenas!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ramo Sênior

Marco Simbólico

 

 

 

Ramo Sênior Marco Simbólico - Na faixa etária dos jovens do Ramo Sênior se intensifica o processo de formação da identidade pessoal. Para cada jovem já não se trata somente de descobrir o mundo, senão também de identificar o espaço que ele ou ela ocupará neste mundo. Para isso, precisará se conhecer melhor, testar seus limites, aceitar e aprimorar suas características pessoais, se desafiar constantemente na busca de sua identidade.

 

A aventura deixa de ser a sua propulsão, não se trata mais de andar por aí vendo como viver no nosso mundo, mas sim se preparar para ele. Por isso o marco simbólico dá ênfase no caráter pessoal do desafio, próprio dessa fase.

 

Chegou a hora de descobrir seus próprios limites, “superar os seus desafios”, e essa é precisamente a expressão que o Programa propõe aos sêniores e guias como marco simbólico.

 

Significa que...

 

Os nomes das etapas exploram termos empregados no cotidiano das atividades do Ramo Sênior, tanto o montanhismo como a orientação são atividades largamente empregadas com sucesso pelas Tropas Seniores e Guias ao longo dos anos, possuindo estreita relação com o marco simbólico do Ramo.

 

As etapas de progressão têm por objetivo reconhecer e motivar o avanço dos jovens na conquista de competências importantes para seu desenvolvimento e se identificam por um distintivo que eles usam no seu uniforme/vestuário escoteiro. As três etapas: Escalada, Conquista e Azimute.

 

Aplicando o Marco Simbólico na Tropa - O marco simbólico atende às necessidades de desenvolvimento do jovem na fase da primeira adolescência e vai ao encontro à ênfase do ramo. Para isto ele deve ser expresso principalmente na construção e condução das atividades. Não se trata de uma palavra, jogo ou atividade e sim de um conceito que norteia a construção e condução da tropa e principalmente do jovem.

 

Tomemos como exemplo o Compromisso Sênior.

 

Toda a cerimônia tem um desenvolvimento pessoal e estimula o jovem a assumir condutas transformadoras para com ele mesmo. Um acampamento volante, desde a preparação da programação até a sua execução, estimula o jovem a uma reflexão constante de sua postura com relação a si mesmo e aos demais, aceitação para com as diferenças, o seu desempenho físico, seu raciocínio lógico para execução e preparo de tarefas, enfim, é um desafio constante consigo próprio.

 

 

 

 

 

Ramo Pioneiro

Marco Simbólico

 

"Toma a tua própria canoa e rema".

 

Escrever seu projeto de vida leva o jovem ao hábito de ter objetivos. No entanto não se espera que ele desenvolva o projeto de sua vida adulta, mas que se acostume com o exercício de propor metas e caminhar em direção à elas. É um exercício de planejamento de ações. Os jovens reformulam várias vezes o seu plano de desenvolvimento pessoal, revendo constantemente se os objetivos traçados estão indo ao encontro do seu projeto de vida.  O amadurecimento de cada um e as experiências vividas no cumprimento do projeto é que vão determinar as mudanças.

 

Tão importante quanto o projeto é o processo de aprendizagem e de conhecimento de si mesmo. Durante o processo o jovem sentirá se está remando a canoa na direção do que ele de fato deseja para sí. A vida no Clã e a ajuda dos pares propicia um ambiente de aprendizagem contínua, e permite que ele viva o papel real do adulto por meio das atividades de serviço e de desenvolvimento comunitário. Estabelecem vínculos de solidariedade ultrapassando as barreiras sociais, culturais, nacionais ou étnicas. Estas experiências incentivam a integração social e profissional.

 

 

 

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